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Plano de respostas a incidentes: quais são as suas fases?

Um dos pontos críticos da evolução constante da tecnologia é a preocupação com a segurança de dados, sigilo de informações confidenciais e dados de usuários. Criou-se a necessidade de uma equipe especializada em segurança, em trabalho constante na proteção de informações e com um plano de respostas a incidentes eficaz.

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As equipes são capacitadas para prever possíveis ataques, aumentar a segurança de suas plataformas e sistemas. Além disso, serem capazes de combater problemas como este de forma imediata.

Assim, para que uma equipe de segurança seja capaz de lidar com essas ameaças, é preciso ter um plano de respostas a incidentes, que deve seguir alguns passos em seu desenvolvimento para que sua eficácia seja maior.

Separamos nesta matéria as fases de um plano de respostas a incidentes para que a sua equipe esteja preparada. Acompanhe:

Plano de respostas a incidentes: preparação e treinamento

O primeiro passo a ser dado no plano de respostas a incidentes é a preparação e treinamento da equipe de segurança. Inicialmente deve-se definir parâmetros concretos de utilização de informações, estabelecendo quais níveis hierárquicos podem ter acesso a quais tipos de informação.

Dessa forma, torna-se mais fácil limitar quem pode ter acesso a dados sigilosos e deixar um rastro de acesso que possa auxiliar na identificação de vazamentos. Em empresas que lidam com dados pessoais, é importante que todo o trabalho seja registrado por meio de ferramentas, buscando sempre manter transparente o trabalho executado e quais informações foram compartilhadas.

Tanto os funcionários da própria equipe de segurança quanto de outros setores precisam receber treinamentos que os deixe informados sobre o que pode e não pode ser feito. Além disso, é importante deixar claro quais são as consequências por acessos indevidos ou atividades impróprias com os dados da empresa.

É possível que ocorram casos em que funcionários passem informações sigilosas sem a intenção de fazê-lo, portanto o treinamento é a melhor forma de evitar que tais incidentes aconteçam.

Implantação e testes do programa

O segundo passo no plano de respostas a incidentes é estabelecer um protocolo de atividades para situações de emergência, buscando sempre conter o máximo possível do ocorrido e evitando falhas de comunicação e execução dos processos de resposta a incidentes. Uma equipe bem preparada atua em conjunto e segue corretamente o passo a passo, conseguindo evitar maiores danos em um curto prazo de tempo.

Com um protocolo de ação traçado, equipe treinada profissionalmente e tarefas delegadas, chegou a hora de testar o funcionamento do programa. É necessário que haja testes frequentes para garantir que o sistema de segurança esteja funcionando perfeitamente e que os profissionais estejam propriamente preparados para atuar em casos de emergência.

Identificando o incidente

Algumas empresas operam em níveis de segurança mais complexos que outras. Assim, proibindo, por exemplo, a utilização de dispositivos externos como pen drives, HDs externos e até mesmo smartphones dentro do ambiente de trabalho.

Por isso, é extremamente importante pautar quais são os critérios de segurança, aplicar os treinamentos a todos os envolvidos e traçar rotas e procedimentos para cada tipo de incidente.

Identificar o incidente é o primeiro passo a se tomar como resposta a uma possível situação de emergência. Após a identificação, segue-se os protocolos de execução de acordo com o treinamento e os protocolos pré-definidos.

Diversas empresas já utilizam sistemas internos de detecção de quebras de protocolo, como a utilização de pen drives nos terminais internos, acesso a sites não permitidos e tentativas de invasão externa.  Alguns desses sistemas já possuem protocolos pré-programados para combater ataques e vazamentos de informações, bloqueando máquinas e acessos, além de informar os responsáveis pelo setor do ocorrido rapidamente.

Contenção de curto e longo prazo

Em uma situação de emergência, a contenção de curto prazo é necessária para interromper quaisquer atividades maliciosas que estejam ocorrendo. Assim, buscando evitar maiores danos e reduzir os impactos.  Após a execução de curto prazo, se inicia a de longo prazo. Para voltar à normalidade, os sistemas são restabelecidos e os trabalhos voltam a ser executados. Entretanto as partes afetadas durante o incidente ainda não são disponibilizadas, como acesso a servidores que possam ter sido invadidos, contas etc.

Erradicação total do risco

Após a execução de ambas fases de contenção, inicia-se a fase de erradicação. O procedimento consiste em recuperar todos os dispositivos e sistemas que possam ter sido afetados. Dessa forma, eliminando possíveis malwares deixados para trás e restaurando senhas, contas e renovando permissões de acesso.

O processo busca renovar toda as carteiras de acesso dos usuários, impedindo que senhas ou permissões anteriores continuem funcionando. Ou seja, caso haja ocorrido algum vazamento de credenciais, por exemplo, ela não poderá mais ser utilizada e inibirá uma nova ação por parte de algum invasor externo.

A erradicação é o passo seguinte da identificação do incidente. Isto é, ela apontará por meio de indicadores métricos, KPIs, qual o nível do incidente e qual rumo a equipe deverá tomar para resolver o problema da forma mais rápida e com menos transtornos possíveis para a retomada de atividades da empresa.

Plano de recuperação

Erradicado o problema é hora de restabelecer a ordem e voltar ao trabalho. É necessário que haja uma verificação completa em todos os dispositivos que possam ter sido afetados e a liberação deles para a volta ao trabalho.

Deve-se avaliar qual foi a taxa de sucesso da solução do problema, verificando o tempo de resposta ao incidente, os danos causados e o nível qualitativo das tarefas executadas por cada responsável. A avaliação deve apontar para qual rumo a empresa deve seguir, nos investimentos em mais treinamentos e capacitação, novas ferramentas etc.

Deve-se também avaliar não somente o plano de respostas a incidentes para verificar sua eficácia, mas as vulnerabilidades da empresa. O conhecimento das possíveis falhas de segurança é de grande importância para o desenvolvimento e melhorias no plano e correção dos erros apresentados.

Mantenha um histórico de incidentes

Mesmo que os incidentes passem e a equipe consiga resolvê-los e melhorar a qualidade da segurança para que eles não ocorram mais, é importante que a empresa mantenha um histórico de tudo que foi feito e registrado, com os responsáveis por cada atividade e todas as informações que puderem ser coletadas e arquivadas.

Embora não seja comum, incidentes antigos podem auxiliar profissionais no futuro a aprimorar ainda mais os esquemas de segurança e procedimentos necessários em casos de resposta imediata.

A importância de ter plano de respostas a incidentes

Ter um plano de respostas a incidentes não é uma tarefa tão complexa quanto parece. Pelo contrário, deve fazer parte da realidade de todas as empresas, em especial as de tecnologia.

Ou seja, não é necessária uma equipe extensa de profissionais para lidar com essas situações, contanto que haja um quadro de profissionais qualificados, bem instruídos e com ferramentas de segurança à disposição para executarem seus trabalhos da melhor forma possível.

A segurança digital se tornou um dos assuntos mais polêmicos nessa era digital, com diversos casos de vazamento de informações sigilosas, bancos de dados invadidos e crimes cibernéticos com as mais variadas finalidades.

É necessário também que setores distintos também passem por treinamentos e qualificações. Assim, dando atenção ao tipo de acesso que executam e quais informações são passadas. E até mesmo nos dispositivos que levam consigo e utilizam dentro do ambiente de trabalho em suas máquinas corporativas.

Regimes de trabalho como o home office, por exemplo, podem apresentar falhas ainda mais complexas, caso não seja traçada uma metodologia de trabalho, com contratação de programas de fornecedores confiáveis e conexões seguras.

Gostou da nosso material sobre plano de respostas a incidentes? Continue aprendendo e veja também nosso post sobre comportamento do usuário e seu impacto da segurança da empresa!

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